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O que eu aprendi com a Medicina Chinesa

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Como profissional da acupuntura há dois anos, hoje eu vejo como a medicina chinesa mudou o meu eu, o meu jeito de ser. Para ser acupunturista, você precisa primeiro entender a maneira chinesa de pensar. Precisa aprender a parar de pensar quadrado e pensar redondo, sem precisar beber cerveja pra isso. E precisa parar de pensar quadrado porque, no corpo, no ser humano, um problema não começa quando termina o outro, como num ângulo reto entre duas arestas. Um problema sempre é consequência de um todo que está em desarmonia, e esse todo é um ser único, contínuo, que nem sempre tem um ponto de partida fácil de definir. A visão holística do ser humano me permitiu enxergar a fundo como as emoções controlam a matéria e como a matéria influencia nas emoções. Me permitiu entender porque algumas mulheres tem TPM e outras não, porque algumas tem um ciclo menstrual perfeito e outras não. Me permitiu enxergar como a raiva dá gastrite, como a depressão gera cansaço e como o medo paralisa. Integrando

Você já analisou o Efeito Borboleta da sua vida?

Eu já. Faço isso constantemente, mas ontem me peguei pensando exatamente como cada conexão na minha vida me trouxe aonde eu cheguei. Cada vez que um ciclo se encerra, a gente se pega pensando em como chegamos até ali e por que estamos ali. E dessa vez eu me peguei pensando em todas as conexões que me levaram a se formar acupunturista nesse fim de semana. Há dois anos uma amiga querida, de Botucatu, me convidou a fazer o curso. Era um momento da minha vida que eu estava em desespero porque não queria mais ficar na área acadêmica e me sentia inútil para o mercado de trabalho. Minhas especializações como biomédica não eram relevantes para as vagas abertas e meu conhecimento laboratorial adquirido no doutorado não valia nada porque não tinha um carimbo na minha carteira de trabalho. Logo, eu me sentia estagnada. Mesmo formada em uma das melhores universidades para o meu curso no Brasil, eu me sentia inútil, com um diploma de que nada me valia e que, talvez, um emprego fora da min

Saudades de mim

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Despertou cedo, em pleno final de semana, e correu se arrumar para o que esperara a semana inteira. Tomou o café da manhã com gosto, arrumou o quarto e se vestiu, pronta para se entregar àquela paixão que já possuía há quase 10 anos. Feliz, saiu de casa cantando, aquecendo mentalmente o corpo, se preparando para a hora em que a música invadisse o ambiente, agitasse as células, os músculos de seu corpo, e espantassem quaisquer pensamentos daquela mente que nunca parava de pensar. Por uma hora, o mundo sumiu. Resumiu-se à música, ao corpo, ao sentimento, ao movimento... Por uma hora, todo o cansaço e esforço da semana valera a pena. Por aquela hora, tudo valia a pena. E ela dançou. Dançou e se entregou às notas, aprendeu e errou, mas viveu intensamente aquele momento, como se soubesse que um dia teria que deixá-lo passar mais uma vez. Hoje, quando chegam os finais de semana e não tem mais esse motivo para esquecer o mundo, ela chora. Porque a saudades dói até quand

Jesuses

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Hoje, sexta-feira santa, é o dia em que muitos relembram o sofrimento de Jesus, um homem que foi crucificado e cuja história e bondade são a base de muitas religiões. Mesmo tudo tendo acontecido há mais de 2000 anos, sua morte ainda é lembrada por muitos nesse dia, sendo motivo de luto para os devotos. Não duvido que Jesus, como homem, tenha sido um marco na história mundial. Sua saga de sofrimentos, injustiças e caridade foi escrita por alguns, editada por muitos e comerciada por muitos – muitos! – ao longo da história. O mundo continuaria vivendo sem Jesus. O homem continuaria existindo. Talvez já estivesse explodido o mundo sem seus ensinamentos, ou talvez não. Não da para saber quantas decisões seriam diferentes na história se as pessoas não agissem acreditando em fé e em religião. No entanto, penso que mesmo se a vida de Jesus não tivesse sido utilizada pela igreja como uma forma de atrair devotos, mesmo assim ele teria conseguido seu lugar na história da humani

Aprendendo a viver

Um dia, há tempos, fui apresentada a esse poema que dizem ser de Shakespeare. Não sei se realmente o é, mas se for de algum outro autor, isso realmente não importa. O que importam são as mensagens em cada um dos versos. Eu nunca fui muito fácil de lidar: Embora eu consiga ser comunicativa, eu sou uma pessoa difícil, e erro constantemente... Eu tento aprender com minhas falhas, mas eu sempre ajo de alguma maneira errada. Sempre tento pensar demais em todos os lados da questão, mas nunca acerto nas decisões. Já sofri muito com isso, já perdi amigos, mas já ganhei outros que levarei comigo para a vida inteira. Queria compartilhar com vocês esse poema, chamado “Aprendendo a viver”. É uma obra que torna mais fácil você compreender como são as outras pessoas, e como é você mesmo. Essa compreensão me fez entender muito como algumas pessoas pensam. Acredito que por conta dessas palavras, eu aprendi a observar mais o ser humano e ser mais imparcial em minhas decisões. Depois de algum tempo

Momento (E)Terno

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Para Clara, era um presente de Deus. Para Bruna, era punição. Para Clara, era o fruto do amor e da fidelidade. Para Bruna era conseqüência do descuido. Clara vibrava, sonhava, Idealizava. Bruna vivia um martírio, com medo do futuro. Clara chorou de felicidade. Bruna chorou de raiva. Clara viveu nove meses de ansiedade, Bruna viveu nove meses de negação. Clara chorou de felicidade. Bruna chorou de desilusão. Nasceram duas Vitórias. A de Clara, por ser o elo familiar. A de Bruna, por deixar o corpo da mãe e começar a crescer sozinha. E se perderam pelo mundo. A Vitória Clara, ao menos, foi feliz.

Minha vida é um musical

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    Há algum tempinho li uma crítica que a cantora Miley Cyrus fez em relação aos musicais. Não sei se todas as palavras ali transcritas eram literalmente o que ela dissera ou não, porque vocês sabem como é: Mídia SEMPRE distorce as coisas. De qualquer forma, li a declaração em dois locais diferentes, o que me fez acreditar que havia um pingo de verdade no que a menina dissera. A ex-personagem Hanna Montana (um seriado musical, veja a ironia) declarou que não gostava de musicais porque eles não retratavam a vida real, já que ninguém saía cantando pelas ruas ou para alguém quando estava triste ou feliz. Fiquei desapontada. Como uma CANTORA pode sequer dizer isso?! Eu, simplesmente uma eterna apaixonada por música, não saio cantando para qualquer um, mas se eu pudesse escrever a minha vida em música, eu escreveria. Se você pudesse ler minha mente, ouviria, de hora em hora, alguma música diferente. Cada momento que vivo, penso em músicas que poderiam traduzi-lo. Pode ser algo tão bana